Autismo: tudo sobre o tratamento com Cannabis Medicinal

Estudos apontam que exista 1 caso de Autismo a cada 110 pessoas. A estatística chama a atenção e revela a necessidade de se aprofundar mais no estudo de suas causas e, claro, dos possíveis tratamentos. 

Exatamente por isso, o número de famílias e médicos que recorrem ao uso do Canabidiol (CDB) para amenizar os sintomas e consequências desse transtorno cresceu bastante, assim como a procura por cursos de Cannabis Medicinal no Brasil.

Mas o que você realmente sabe sobre o assunto? Este post foi elaborado para servir como uma fonte confiável e atualizada acerca dessa abordagem terapêutica que vem proporcionando bons resultados em todo o mundo. Confira!

O que é Autismo?

O Autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno no neurodesenvolvimento infantil. Ele se manifesta, principalmente, por déficits na comunicação e na interação social e por comportamentos repetitivos.

É essencial destacar que não estamos falando de uma doença, mas de uma forma diferente de se expressar e reagir aos estímulos sociais. Além disso, apesar de não existir cura, não há agravamento ao longo dos anos.

Ainda assim, especialistas são enfáticos ao afirmarem que um diagnóstico rápido, juntamente com o início do tratamento, são fundamentais para a melhoria da qualidade de vida e autonomia da pessoa.

Quais os sintomas do Transtorno do Espectro Autista?

O Autismo é mais frequente em meninos e seus sintomas costumam aparecer na primeira infância, entre 12 e 24 meses — embora existam casos em que se manifesta tardiamente.

É importante que a sociedade seja educada acerca destes sinais, visto que o tratamento precoce é comprovadamente uma das formas mais eficazes de melhorar a qualidade de vida da criança. Para facilitar, os dividimos em dois grupos. Confira!

Dificuldades de comunicação e interações sociais

Esse primeiro grupo é composto por alterações e dificuldades relacionadas à comunicação e à própria interação social. Os pais podem observar esses sinais com mais facilidade, já que têm um convívio diário com a criança:

  • falta de reciprocidade emocional e social — criança não compartilha emoções e interesses e não consegue manter um diálogo;
  • dificuldade na comunicação não verbal — a criança não consegue manter contato visual e não entende linguagens corporais, como acenar com a mão;
  • dificuldade para fazer e manter relacionamentos.

Comportamentos repetitivos ou restritos

Nesse grupo, é possível identificar alguns padrões de comportamentos que chamam a atenção, visto que são observados em crianças e se destacam da maioria, como:

  • necessidade de aderir a rotinas específicas;
  • sensibilidade a certos estímulos, como barulho;
  • interesses fixos.

Para fechar o diagnóstico, o profissional de saúde precisa de uma análise minuciosa. Em geral, quando o paciente apresenta todos os sintomas do primeiro grupo e, ao menos, dois do segundo, é mais evidente que se trata de um quadro de Autismo.

Afinal, a Cannabis Medicinal pode ajudar no tratamento do Autismo?

Quem tem um filho autista sabe dos desafios que precisa enfrentar e da dedicação para que ele cresça com mais qualidade de vida. Isso porque, apesar de não ter uma cura, os sintomas podem ser amenizados com o tratamento adequado.

Nesse sentido, milhares de famílias estão pesquisando mais sobre o uso do Canabidiol como alternativa terapêutica. O tema é complexo e envolve muitas polêmicas, mas é necessário buscar fontes confiáveis para entender como a substância pode trazer bons resultados. Confira!

O que é o Canabidiol (CDB)

O Canabidiol é um dos componentes da Cannabis Sativa, uma planta milenar e com propriedades medicinais comprovadas. Diversos estudos e pesquisas já atestaram sua eficácia no alívio de dores, tratamento de distúrbios do sono e transtornos de ansiedade.

O que dizem as pesquisas sobre o uso do CDB no tratamento do Autismo

Embora ainda exista muito mais a se estudar, algumas pesquisas sobre a eficácia do CDB no tratamento do Autismo já foram desenvolvidas e publicadas. O primeiro a ser destacado ocorreu em 2018 e concluiu que o óleo de Canabidiol poderia ser eficaz para a melhora dos sintomas do TEA.

Em 2019, um novo estudo foi desenvolvido para verificar seus efeitos em pessoas com Epilepsia com sintomas de Autismo. Os resultados chamaram a atenção, já que apenas uma pessoa não teve melhora com o uso da substância.

No mesmo ano, 188 pessoas com o transtorno participaram de uma pesquisa que concluiu que o CDB é seguro e tolerado pelo organismo de quem convive com os sintomas do Autismo, além de ser eficaz.

Em 2020, um novo estudo atestou o potencial terapêutico da substância, especialmente em relação aos seus efeitos positivos para a saúde mental de pacientes com diversos problemas, inclusive o TEA. 

A boa notícia é que cientistas e médicos continuam se dedicando aos estudos, já que o CDB parece ter efeitos positivos na melhora da irritabilidade, bem como outros problemas comportamentais em crianças autistas.

Como o CDB ajuda pacientes autistas

De fato, muitos pais e responsáveis estão pesquisando e ampliando seus conhecimentos sobre o uso do CDB em autistas. Isso porque, ele tem efeitos terapêuticos e ajuda a tratar convulsões e problemas comportamentais.

Na prática, isso acontece porque os ativos da Cannabis se ligam aos receptores canabinóides no cérebro, bloqueando-os. Com isso, é possível reduzir irritabilidades, excitações, dores, e ansiedade. Alguns estudos também citam que ajudaria melhor a interação social e trazer sensações de bem estar. 

Ou seja, estamos falando de uma alternativa importante, capaz de trazer resultados expressivos na qualidade de vida dessas pessoas. Além disso, a substância tem poucos efeitos colaterais e não gera dependência.

Conclusão

Como vimos, o Canabidiol tem propriedades medicinais amplamente divulgadas e que podem reduzir dores crônicas, ansiedade, depressão e até ajudar no tratamento de câncer. No que se refere ao seu uso em pacientes com Autismo, os estudos desenvolvidos trouxeram resultados positivos. Ele é capaz de atuar em regiões do cérebro que regulam o humor, inibindo neurotransmissores excitatórios e reduzindo os déficits comportamentais e sociais característicos desse transtorno. Por isso, converse com o seu médico a respeito dessa alternativa terapêutica.

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